Belo Horizonte, MG, 1974

Vive e trabalha São Paulo, SP

 

Transitando entre instalação, fotografia, vídeo, pintura, colagem e desenho, Cinthia Marcelle desenvolve seu trabalho ao redor dos sistemas de conceitos que organizam política e culturalmente o mundo. Para tanto, o dado social se faz central na concepção de sua obra, que conta, muitas vezes, com processos de elaboração coletivos. Levando em consideração as diferentes experiências de estar no mundo, a artista atenta ao poder de transformação advindo da organização e da desorganização das coisas, seja para questionar, seja para confrontar estruturas hegemônicas e relações de poder.

 

Cinthia Marcelle formou-se em Belas Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais. Foi a artista selecionada para ocupar o Pavilhão do Brasil na 57ª Bienal de Veneza (2017) com a instalação Chão de Caça, que recebeu Menção Honrosa do júri da mostra. Participou de diversas bienais internacionais como 10ª Bienal de Berlim: We Don’t Need Another Hero (2018); 5ª Bienal de Lubumbashi, Congo (2017); 11ª e 12ª Bienal de Sharjah: Re:emerge (2013) e The Past, The Present, The Possible (2015); Trienal do New Museum: The Ungovernables (2012); 13ª Bienal de Istambul: Mom, Am I Barbarian? (2013); 29ª Bienal de São Paulo: Há sempre um copo de mar para um homem navegar (2010); 9ª Bienal de Lyon: 00s-The History of a Decade That Has Not Yet Been Named (2007); e 9ª Bienal de Havana: Dinâmicas de la Cultura Urbana (2006).

 

Dentre suas exposições individuais recentes, destacam-se Anexo do Salão Azul, Galeria Luisa Strina, São Paulo (2023); Disobedient Tools, Marta Herford Museum for Art, Herford, Alemanha (2023); Cinthia Marcelle: A Conjunction of Factors, MACBA, Barcelona, Espanha (2022); Cinthia Marcelle: por via das dúvidas, MASP, São Paulo(2022); A Morta, Wattis Institute, São Francisco, EUA (2018); Family in Disorder, Modern Art Oxford, Reino Unido (2017); Project 105: Cinthia Marcelle, MoMA PS1, Nova York, EUA (2016); e Dust Never Sleeps, Secession, Viena, Áustria (2014).

 

Teve participação em mostras coletivas de relevância, tais quais A Clearing in the Forest, Tate Modern, Londres, Reino Unido (2022); Obscura luz, Galeria Luisa Strina, São Paulo (2022); Nakoada: estratégias para a arte moderna, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro — MAM Rio (2022); Crônicas Cariocas, Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro (2021); Pinacoteca: acervo, Pinacoteca de São Paulo (2020); Soft Power, San Francisco Museum of Modern Art, EUA (2019); Push the Limits, Fondazione Merz, Turim, Itália (2019); BRIC-à-brac, The Jumble of Growth, Galleria Nazionale d’Arte Moderna e Contemporanea, Roma, Itália (2018); entre outras.

 

Durante sua trajetória, Marcelle tem sido contemplada com bolsas e prêmios tais como o Future Generation Art Prize, em 2010; o International Prize for Performance, em primeiro lugar com a performance: Gray Demonstration, em 2006; e a Bolsa Pampulha, em 2003. Seu trabalho integra o acervo de diversas instituições nacionais e internacionais, incluindo MoMA, Nova York, EUA; Tate Modern, Londres, Reino Unido; Pinault Collection, Paris, França; The Royal Library of Denmark, Copenhague, Dinamarca; MASP, São Paulo; Pinacoteca de São Paulo; Instituto Inhotim, Brumadinho, MG; Instituto Itaú Cultural, São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo; KADIST e San Francisco Museum of Modern Art, São Francisco, EUA; e Vebhi Koç Foundation, Istambul, Turquia.