Fernanda Gomes nasceu em 1960, no Rio de Janeiro. Formou-se pela Escola Superior de Desenho Industrial, em 1981. Trabalhou como designer até 1991, quando passou a se dedicar exclusivamente às artes plásticas. Sua primeira exposição já foi uma individual, na Galeria Macunaíma, da Funarte, em 1988. Seguiram-se muitas outras, sendo as mais recentes na Secession, em Viena, e na Pinacoteca do Estado de São Paulo, ambas em 2019.

 

Artista em tempo integral, seu trabalho ocupa todo o espaço onde vive, mesmo quando promove o vazio. Trabalha em qualquer lugar, quase como se estivesse em casa. Viaja com frequência para fazer exposições, e se sente melhor quando vai com pouca bagagem; as coisas estão em toda a parte.

 

Lidando com uma ampla gama de processos e procedimentos, articula uma linguagem de extenso vocabulário, sempre em expansão. A paleta de brancos e dos materiais crus assume uma visão radical da cor, que inclui a luz como matéria, literalmente. A reunião dos trabalhos no espaço é tratada como obra em si, em exposições irrepetíveis, que reagem a contextos diversos. Ainda assim, acredita em obras de arte autônomas, em seu sentido mais primitivo de objeto vivo. Os materiais modestos, a escala humana, a dimensão lúdica, contribuem para uma significação aberta e pessoal para cada observador. [trecho da entrevista da artista com Hans Ulrich Obrist em 2020]

 

A artista acaba de realizar uma grande exposição na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2020-2019), no Secession, Viena, Áustria (2019); em seguida à ampla mostra no Museo Jumex, Cidade do México, México (2018). Em 2016, seu trabalho foi selecionado e incluído no livro Vitamin P3: Novas Perspectivas em Pintura (Phaidon, Londres).

 

Outras exposições individuais recentes: Galeria Luisa Strina, São Paulo (2017); Alison Jacques Gallery, Londres (2017); Peter Kilchmann, Zurique (2015); Galeria Luisa Strina, São Paulo (2014); Centre International de l'art et du Paysage, Vassivière, França (2013); Alison Jacques Gallery, Londres (2013); Museu da Cidade, Lisboa (2012). 

 

Exposições coletivas recentes: 35º Panorama da Arte Brasileira, MAM Museu de Arte Moderna, São Paulo (2017); OSSO – Exposição-apelo ao amplo direito de defesa de Rafael Braga, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2017); “Doubles, Dobros, Pliegues, Pares, Twins, Mitades”, The Warehouse, Dallas (2017); “Third Mind. Jiri Kovanda and (Im)possibility of a Collaboration”, Galeria Nacional, Praga (2016); “Cut, Folded, Pressed & Other Actions”, David Zwirner, Nova York (2016); “Em polvorosa - um panorama das coleções do MAM”, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro (2016); “Accrochage”, Punta della Dogana, Veneza (2016); “Imagine Brazil”, DHC/ART, Montreal (2015), Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2015), Musée d’Art Contemporain de Lyon (2014), Astrup Fearnley Museum, Oslo (2013); “Impulse, Reason, Sense, Conflict”, CIFO Ella Fontanals-Cisneros, Miami (2014); “Une histoire, art, architecture et design, des années 80 à aujourd’hui”, Centre Pompidou, Paris (2014); 13a Bienal de Istambul (2013); 30a Bienal de São Paulo (2012). 

 

Coleções públicas das quais seu trabalho é parte incluem Centre Pompidou, França; Tate Collection, Inglaterra; Miami Art Museum, EUA; Fundación/Colección Jumex, México; Fundação Serralves, Portugal; Museu de Arte da Pampulha, Brasil; Museu de Arte Moderna, São Paulo; Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; Museum Weserburg, Bremen, Alemanha; Vancouver Art Gallery, Canadá; Centre National des Arts Plastiques, França; Art Institute of Chicago, EUA.